
O primeiro dia de aula é indubitavelmente o melhor do período letivo de um ano. É quando você reencontra os seus amigos do ano passado, caso estude no mesmo colégio, e conhece outros, os novatos; os professores realizam brincadeiras, as famigeradas "dinâmicas", e estão com um raro bom humor , que seria digno de desconfiança em outra época do ano. Além disso, a escola realiza as apresentações de novos professores, coordenadores, servidores, entre outros funcionários.
Mas, quando se é calouro de um Instituto Federal, as coisas mudam um pouco. Primeiramente, você não conhece a sua sala e nem reencontra velhos colegas de classe, porque eles não conseguiram a tão almejada aprovação - salvo raras exceções. Todos são completos desconhecidos, que lá chegam nervosos e amedrontados por conta dos trotes. Esse nervosismo diminui quando os calouros vão encontrando, pouco a pouco, os seus companheiros de classe e formando aglomerados aqui e acolá. Quanto aos trotes, não sei como serão este ano, mas os passados não têm fama de agradáveis, tampouco prazerosos. Apesar de proibirem-se tintas, ovos, farinhas ou qualquer outro componente que possa deixar o novato em um estado desconcertante, ainda temo por um desfecho maligno: sabe-se lá o que antigos calouros com sede de vingança podem fazer. Sim, em vez de irem para cima de quem os apunhalou, vêm em quem acaba de chegar(coisa de retardado).
Depois das breves e tímidas apresentações, chegam os momentos que perduram por todo o turno e por mais um dia: os rituais de boas-vindas, compostos basicamente de apresentações e palestras sobre o Instituto, realizadas no auditório e assistidas por slides, vídeos, músicas, transmitidos aos alunos por um projetor. Confesso que gostei bastante. Tudo muito informativo e entusiasmante, com leves toques humorísticos dos palestrantes, mas nada que me fizesse rir a ponto de ficar com o rosto vermelho (coisa que odeio em mim). Deram-se os parabéns a todos os aprovados, destacando os primeiros lugares de cada curso e falou-se sobre a parte acadêmica, a parte de pesquisa e de extensão do Instituto.
Mesmo que o tour pela escola não tenha sido realizado nos dois primeiros dias, a recepção foi calorosa e digna de um Instituto Federal. Parabéns a todos que fazer o IF e ao governo, que implantou um na Zona Norte de Natal, uma região deveras carente de uma educação de qualidade. Agora, basta esperar o início das aulas normais e fazer amizade com os 31 da minha turma.
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