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| Como é mesmo, Dilma? Fonte: Agência T1. |
Cada vez mais, a mídia veicula matérias sobre o tema, através de telejornais e programas como "A Liga", da Bandeirantes, que mostram toda a confusão gerada no momento de embarque dos passageiros, cuja quantidade supera, em muito, a capacidade suportada pelos veículos. Pessoas sendo quase que pisoteadas, gestantes não recebendo a atenção devida, idosos e crianças sendo tratados como adultos: esse é o quadro que descreve a realidade em estações de metrô, de trem e rodoviárias pelo país antes e depois do transporte.
Quando se consegue entrar, inúmeros outros obstáculos surgem. Devido ao défice de espaço, as pessoas se amontoam em uma pequena área, esperançosos por ínfimos centímetros quadrados que possam lhes abrigar com segurança durante a viagem. Destarte, há uma produção demasiada de calor e dificuldades de respiração não tardam a acometer até os passageiros mais saudáveis. A segurança dentro dos veículos também é muito precária. Qualquer batida pode virar uma catástrofe para os passageiros. Além disso, são frequentes os acidentes decorrentes da ocupação de algumas partes dos veículos, como a escada que conduz as pessoas para fora dos ônibus, a qual oferece concomitantemente prazer e perigo a alguém desesperado naquele pandemônio.
No dia 17 deste mês, Dilma Rousseff, em seu programa semanal "Café com a Presidenta", afirmou que serão investidos 30 bilhões de reais em obras de mobilidade urbana, visando a Copa do Mundo de 2014. É lastimoso ver que é necessário um evento futebolístico para que algo seja feito em benefício do país - ou seria dos turistas? -. Os problemas citados datam de muitos anos e nunca foi feito algo tão significativo para remediar a situação (se fosse feito, não haveria tamanho caos). Mais triste ainda é ver a ignorância da presidenta ao afirmar que "o metrô é rápido, moderno, transporta muita gente, com qualidade e conforto. Nas cidades brasileiras onde eles já existem, essas vantagens são reconhecidas por toda a população, de todas as classes sociais". Basta assistir à edição de "A Liga" que trata do assunto "Transportes" para perceber a real situação dos metrôs em uma das maiores capitais do país.
Amenizar os problemas do transporte público brasileiro não consiste apenas em construir metrôs, corredores exclusivos para ônibus e veículos leves sobre trilhos. É preciso também que a frota de ônibus, principalmente nos horários de pico, seja aumentada e que os veículos, sejam eles ônibus, trens ou metrôs, passem por frequentes manutenções e aprimoramentos, como climatização (utopia, eu sei, mas custa nada sonhar) e adição de equipamentos de primeiros socorros. Somente com medidas efetivas os cidadãos brasileiros poderão trafegar pelas cidades antes e depois de um dia exaustivo de trabalho de forma agradável e segura, gerando dinheiro para o Estado, com a esperança de que seja usado para melhorar sua vida. Parece piada, mas dessa vez não é, Wanessa.



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